quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dia Internacional da Juventude, celebração e luta


Neste dia 12 de agosto, a juventude sindical celebra, pela primeira vez, o Dia Internacional da Juventude. Até então, a única data comemorativa de jovens do nosso país era o 11 de agosto, Dia do Estudante. Hoje, a juventude brasileira não é apenas estudante, ela é também trabalhadora. Celebremos juntos o nosso dia, como um dia de luta.

É um dia de luta para que toda a juventude brasileira possa exercer o direito à educação. Lutamos para que existam políticas que garantam a permanência dos/as estudantes na escola, em todos os níveis de ensino. Mas queremos também mudar essa escola que nós temos. Queremos que ela seja espaço de fruição cultural, de produção de conhecimento e integração das políticas sociais de juventude. Queremos também fortalecer o Sistema Público de Educação Profissional e Tecnológica.

É um dia de luta por trabalho decente para a juventude. Por isso, empunhamos com ainda mais força a bandeira da redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Queremos que o tempo dedicado à educação profissional e à qualificação seja contabilizado como tempo de trabalho, portanto, que seja considerado em nossa jornada. Não podemos aceitar a existência do trabalho infantil e a utilização de estagiários e aprendizes como forma de precarização da nossa força de trabalho.

É um dia de luta por igualdade racial, de combate à homofobia e ao machismo. Queremos políticas afirmativas que reparem as desigualdades históricas. Queremos que a discriminação contra gays e lésbicas seja considerada crime. Queremos a igualdade entre homens e mulheres em todos os espaços da vida social.

É um dia de luta pelo direito das mulheres serem donas do seu próprio corpo. Combatemos a mercantilização do corpo das mulheres. Queremos a regulamentação do atendimento a todos os casos de aborto no serviço público, evitando a gravidez não planejada e a morte de inúmeras mulheres, na sua maioria pobres e negras, em decorrência do aborto clandestino.

É um dia de luta da juventude rural, por acesso à terra e permanência no campo. Queremos reforma agrária e aumento dos investimentos na agricultura familiar. A juventude rural quer educação no, do e para o campo.

Queremos marcar o 12 de agosto como o dia que reúne o conjunto dessas lutas. Que unifique nossas bandeiras em uma só, uma bandeira das bandeiras da juventude. Como fizemos no I Festival das Juventudes, realizado em Fortaleza, queremos ver de mãos dadas as juventudes sindical, estudantil, LGBT, feministas, negros/as, rural, sem moradia, dentre muitas outras juventudes em movimento.

E é por isso que estamos juntos. Queremos que o Pacto pela Juventude, que incorpora todas as bandeiras citadas aqui, tenha a adesão da nossa companheira Dilma, única candidata com capacidade de realmente implementá-las. Assim, no dia 12 de agosto do próximo ano, quando realizarmos mobilizações em todos os estados do nosso país, a juventude brasileira estará cobrando o compromisso assumido com a assinatura do Pacto. Não seguimos à toa. Apenas começamos.

*Rosana Sousa, secretária de Juventude da CUT Brasil e Paulo Bezerra, secretário de Juventude da CUT-PE, são membros do Conselho Nacional de Juventude – CONJUVE.

0 comentários:

Postar um comentário